quarta-feira, 27 de julho de 2011
I miss you
Abondono-te com um sorriso na cara, apesar de não estar habituado a ser eu a distanciar-me. Sinto-me radiante, feliz, talvez como nunca. É cada vez maior o sentimento de felicidade quando estou contigo. O problema é que quanto mais alto se sobe, maior é a queda. De repente, o tal sorriso esvaece e apenas consigo pensar nas saudades que já tenho. Imagino como era bom estar contigo agora, abrigados em 4 paredes ou agarradinhos para superar o vento frio da praia. Talvez víssemos a lua a olhar para nós, a seguir-nos, procurando entender algo incompreensível. Algo que só nós sabemos e de que podemos falar. Algo inteiramente nosso, especial, demonstrado por um pequeno sorriso envergonhado com os olhos fitos um no outro. Por palavras que se soltam ao mesmo tempo e por outras que já se cruzam só no pensamento, pois já sabemos, como telepatia, no que estamos a pensar dizer e não temos dúvidas da resposta. É como dizê-las sem falar; Ou talvez se escondesse, envergonhada por, memos parecendo tão bela, poderosa e independente, ser na verdade insignificante.
sábado, 23 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Não preciso de mais nada
"Todos os problemas se tornaram em vitórias. Ultrapassamo-los, e será sempre assim. São eles que me fazem perceber o quanto preciso de ti."
(São tuas, são...)
(São tuas, são...)
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Perfeito.
"Há quase um ano não 'screvo
Pesada, a meditação
Torna-me alguém que não devo
Interromper na atenção.
Tenho saudades de mim,
De quando, de alma alheada,
Eu era não ser assim,
E os versos vinham de nada.
Hoje penso quanto faço,
'Screvo sabendo o que digo...
Para quem desce do espaço
Este crepúsculo antigo?"
Fernando Pessoa
Pesada, a meditação
Torna-me alguém que não devo
Interromper na atenção.
Tenho saudades de mim,
De quando, de alma alheada,
Eu era não ser assim,
E os versos vinham de nada.
Hoje penso quanto faço,
'Screvo sabendo o que digo...
Para quem desce do espaço
Este crepúsculo antigo?"
Fernando Pessoa
terça-feira, 5 de julho de 2011
Liberdade
"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa
Era bom, era bom...
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa
Era bom, era bom...
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