Somos todos iguais. Basta um desencadear dessa igualdade e a partir daí, começa um jogo turbulento. Todos têm uma maneira diferente de jogar que dá no mesmo fim. Todos os participantes têm o mesmo objectivo. Que, por senso comum, toda a gente sabe qual é esse objectivo. Ganhar o jogo. No entanto, esquecem-se de ganhar o jogo e tentam procurar o caminho mais fácil. É um jogo interessante, os jogos são interessantes, mas são chatos. Obstrução.
A melhor solução é abstairmo-nos desta igualdade. "Errar é original". Os jogos são viciantes e às vezes viciados. Quando se joga, o mundo à volta desaparece. Já nem nos apercebemos no que nos tornámos. Somos iguais aos outros participantes. Somos preguiçosos. Começamos a jogar da mesma forma que eles e afinal encontramo-nos todos no mesmo espaço, que é nenhum. Daí só resultam acontecimentos ásperos e enganadores...
Acaba-se o dinheiro e pomos tudo o que temos em jogo. E perdemos tudo, mas ninguém ganha, como um pote que se acumula e depois fica lá para ninguém. Lá nos safamos com aqueles que compreendem o nosso jogo ou que conseguiram dispersar-se deste círculo. Esses é que são verdadeiros jogadores. São os únicos que ganham alguma coisa. São os únicos vencedores, que nem sequer participam. Por outro lado, onde é que está a piada disso? A adrenalina é mais simpática do que se pensa. Ter o jogo todo nas mãos e poder perdê-lo. E perdê-lo. E sempre assim até ao fim infinito.
O jogo é fodido.
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